Transcrição do áudio:
Oi, meu nome é Rebeca e tenho 26 anos. Eu sou do Campus da Unifesp Osasco, estudo na EPEN. E vim aqui contar minha história, como Socióloga e agora terminando relações internacionais.
Eu sempre gostei da ideia de viajar, na minha casa, os meus pais, eles sempre incentivaram a gente a viajar, mas viajar. Também acredito que ao viajar devemos fazer a diferença na vida das pessoas de alguma maneira. Então, os cursos que eu mais me identifiquei foram esses da sociologia e das relações internacionais, porque eu entendo que com essas duas carreiras e mais o meu perfil, eu posso me envolver em projetos, sendo mais de cunho social e humanitário e que por meio das minhas profissões eu possa fazer diferença na vida das pessoas. Mas enquanto eu não viajo, tento fazer a diferença onde moro. Então todos os anos, os últimos nove anos, eu participo de um projeto que se chama: Projeto voluntário do carnaval. Nesse projeto a gente desafia os estudantes e também profissionais já formados a contarem suas histórias e a fazer diferença na vida de crianças que são atendidas pelo no Lar Batista de Crianças, em Mogi das Cruzes. Então a gente vai lá em todo carnaval, brincar com as crianças e por meio das brincadeiras, conversar com elas sobre o futuro. Eh! É quando você se permite conhecer outras realidades e vê que tem gente que precisa de muitas coisas assim, porque sua histórias de vida é muito difícil muito diferentes da sua, você fica tocado e percebe que com o pouco que tem você pode sim, ajudar essas pessoas, essas crianças de alguma maneira (fala com gratidão). Uma coisa muito legal que aconteceu esse ano, é que apesar de não conseguirmos fazer o projeto do Carnaval, mas através da parceria de um professor aqui do Campus Osasco, o professor João Arantes, a gente conseguiu fazer um projeto de impacto no Lar Batista. E como isso aconteceu? No Carnaval, o teto da Toca do Estudante voou, então a gente usou o tempo para consertar nosso telhado (fala com alegria). Mas enquanto isso a gente escreveu alguns projetos da toca do estudante na disciplina de gestão e elaboração de projetos, que é uma disciplina de eixo comum oferecida pelo professor Arantes. E um grupo de alunos de Economia escolheu o nosso projeto e esse projeto era para ajudar o lar Batista de Crianças. Já que a gente não pode ir lá no Carnaval, então a gente procurou outras possibilidades de ajudá-los durante o ano. E, um grupo de alunos escolheu nosso projeto, e, esse ano a gente conseguiu. No semestre passado, em parceria com professor João e alunos de economia que fizeram a disciplina dele de Projetos, também conseguimos atender uma demanda do Lar Batista, que talvez nós não conseguiríamos atender, mas que foi atendida durante o semestre, que foi preparar a sala de informática das crianças lá. O Lar Batista não é só um abrigo de crianças que são olhadas pela lei, mas também eles atendem as crianças da comunidade. Então, num total eles atendem cerca de 120, 130 crianças e eles estavam precisando de um laboratório de informática. Eles já tinham os materiais doados, eles já tinham os computadores doados, por um hotel ali da região. Os computadores são muito bons e eles só precisavam de um programa de instalação. Então, os alunos da economia, esse grupo que eu pude acompanhar e participar da gestão também, a gente planejou um dia que pudesse ir lá, com o material necessário, gratuito e de fácil acesso, para poder instalar a sala de informática. E, foi muito legal, porque a gente passou o dia lá e os meninos aqui da faculdade puderam ver que ajuda deles, mesmo que fosse por causa de uma disciplina, pode fazer a diferença na vida de alguém. Eles também tiveram contato com algumas crianças do Lar Batista, ouvir suas histórias e ver que trabalhar na sua profissão é muito mais do que ter um diploma de uma universidade pública. Que é muito importante, mas que você pode fazer muito mais com isso. E foi muito legal, porque a gente terminou o projeto o pessoal ficou bem feliz, os alunos da EPEN, mas também, o pessoal do Lar Batista que ficou muito agradecido, porque eles precisavam de alguém que pudesse doar seu tempo e também um pouco de conhecimento em informática para poder ajudar a montar a sala. E é isso, fazer a diferença na vida das pessoas, com nossos poucos recursos. Na verdade, hoje eu acho que nosso recurso mais precioso é o tempo e a gente pode ir lá para doar nosso tempo. E, por meio disso, gerar um questionamento na cabecinha das crianças que a gente ajuda, sobre o porque que a gente está fazendo isso. Que é pra que um dia elas possam chegar nas universidades públicas aproveitando todas as oportunidades que elas têm. E é isso, obrigada!